Que me importam os momentos De luz e harmonia? Sou fraca,nesse sentido, Ou então tenho pouca fé nisto tudo. De que me valem os risos dos outros, As alegrias,nos rostos estampadas? Talvez eu esteja do lado errado da vida. Que me importa a sede de viver, O entusiasmo de mais um dia? Quero lá saber Da vastidão de hipóteses Que me podem ajudar.
por Ayra |
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A leste da minha mente Vive um Corvo, Madrugando-me o pensamento. Marcando estes pensamentos De um nobre contentamento Onde valseio alegremente..
por Ayra |
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Uma doce melodia
Acompanha os meus passos Neste caminho inconstante. Por vezes parto,sem rumo Numa busca incesante E construo o meu Império. Torna-se ilustre,esta visão E majestosamente me cega E ofusca Quando chega e quando parte. Faz parte de mim, Este pedaço È parte de mim da qual careço. E tanto... Por vezes tenho o leme, Por vezes não. Ainda assim dou apreço Por ser dado a este pedaço O estranho nome de Solidão. E quase no fim desta melodia Lembro-me de outra canção.
por Ayra |
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Morte Dentro de mim, De dentro para fora Num sadico momento, Tão sadico tormento. Morte, Que não chega E já chega !, Deste parvo lamento, Demente sustento, De uma Alma que ascende. Morro Em cada choro dos teus olhos, Em cada dor do teu corpo Em cada toque Da tua ausência... Morro, Por não te querer largar Por seres droga Por seres fonte do meu silêncio, Macabro, Moribundo Cansativo, Patético. Morte, Que se deleita comigo Que se roça em mim, Que me conduz ao inferno. A mim a morte Que já me doi o corpo, Que já partiu a minha Alma.
por Ayra |
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