Foste horizonte para os meus olhos,drenados pela cegueira da ilusão que foi sentir o teu sangue, o teu corpo e a tua mão... Já te senti banalidade,loucura e exagero em mim e agora volto num instante ao ponto de partida.Diabos me levem se não te amo!Diabos te levem! Embora me perca um pouco ainda,sinto-me flutuar na tranquilidade do meu auto-controlo,graças á minha sanidade de reconhecer a realidade quando penso nisto. Se soubesses como te procurei...em cada rosto,andar,jeito,olhar...em cada esquina,lugares insólitos,onde a probabilidade de te encontrar era completamente nula... Esta questão devora-me.Corrói-me por dentro.Porque te amo,afinal?Amar-te apenas me devora.A tua ausência fere-me,embora não te queira.Querer-te para quê,se nos sentamos tão longe um do outro? Querer-te seria luxúria e a luxúria é uma força com a qual eu não sei lidar. Já perdi o sentido daquilo que te queria escrever,mas deixou de ter importância.As minhas palavras continuariam a não fazer qualquer sentido.
Foste...tu.Foste a minha sede.
por Ayra |
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Murmúrios que se soltam, Envoltos em conspiração Não demovem as sombras que se arrastam, Que se guiam pela escuridão.
por Ayra |
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